
Investir pode parecer intimidador para quem está começando, mas com o conhecimento certo e um pouco de paciência, qualquer pessoa pode aprender a fazer investimentos de forma inteligente. Existem diferentes tipos de investimentos, cada um com seu nível de risco, retorno potencial e complexidade. Neste post, vamos explorar alguns dos principais tipos de investimentos para iniciantes, com foco em estratégias simples e acessíveis para quem quer começar no mundo financeiro.
1. Poupança
A poupança é o tipo de investimento mais tradicional e conhecido no Brasil. Pois ela é ideal para quem busca segurança e liquidez (facilidade de acesso ao dinheiro) sem correr grandes riscos. E suma o rendimento da poupança costuma ser muito baixo, especialmente em períodos de baixa taxa de juros, como ocorre em certos momentos da economia.
Embora não seja a opção mais rentável, é uma escolha interessante para quem quer construir uma reserva de emergência. A poupança é uma conta simples e acessível, que muitos bancos oferecem, e o dinheiro investido nela é protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em até R$ 250 mil por CPF.
2. Tesouro Direto
O Tesouro Direto é uma plataforma de investimentos que permite comprar títulos públicos emitidos pelo governo federal. Esse tipo de investimento é considerado de baixo risco, pois o governo se responsabiliza pelo pagamento. Existem três tipos principais de títulos no Tesouro Direto:
- Tesouro Selic: Seu rendimento acompanha a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia. Ele é indicado para quem quer uma opção segura e com liquidez diária, por isso, é muito usado para reservas de emergência.
- Tesouro IPCA+: O rendimento é atrelado ao IPCA, que é o índice oficial da inflação, mais uma taxa de juros fixa. É uma boa opção para quem quer proteger o dinheiro da inflação a longo prazo.
- Tesouro Prefixado: Como o nome sugere, ele tem uma taxa de retorno fixa definida no momento da compra. É indicado para quem acredita que as taxas de juros vão cair no futuro e quer garantir um rendimento maior.
O Tesouro Direto é uma excelente alternativa para quem busca um investimento seguro e que oferece diferentes prazos e tipos de rendimento.
3. Fundos de Investimento
Os fundos de investimento são uma opção interessante para quem quer diversificar sem precisar escolher individualmente onde colocar o dinheiro. Um fundo de investimento é uma espécie de “condomínio”, onde vários investidores aplicam seus recursos em conjunto, e um gestor profissional é responsável por decidir onde investir esse dinheiro.
Existem diversos tipos de fundos, desde os mais conservadores, que investem em títulos de renda fixa, até os mais arrojados, que podem aplicar em ações ou ativos internacionais. Entretanto, os fundos de renda fixa e multimercados são os mais indicados, pois oferecem um equilíbrio entre risco e retorno.
Uma vantagem dos fundos de investimento é que o investidor não precisa ter tanto conhecimento sobre o mercado, já que o gestor do fundo toma as decisões. Contudo, é importante ficar atento às taxas cobradas pelos fundos, como a taxa de administração e, em alguns casos, a taxa de performance, que podem impactar a rentabilidade final.
4. Ações
Investir em ações pode ser uma forma de conseguir altos retornos, mas também envolve riscos maiores. Ao comprar uma ação, você está adquirindo uma pequena parte de uma empresa e, como sócio, pode ganhar dinheiro tanto com a valorização dessas ações quanto com os dividendos, que são a distribuição dos lucros da empresa.
As ações não são os tipos de investimentos para iniciantes mais adequados, recomenda-se ter cuidado, ir estudando o mercado e aplicando valores menores. Desse modo, uma boa forma de começar a investir em ações, é através de corretoras que oferecem acesso a simuladores, ou participando de clubes de investimento, onde as decisões são tomadas em grupo.
Além disso, o investidor iniciante pode considerar investir em ETFs (Exchange Traded Funds). São fundos que replicam a carteira de um índice, como o Ibovespa. Eles oferecem uma forma mais simples e diversificada de investir em ações, assim, não tem a necessidade de escolher individualmente as empresas.
5. CDB, LCI e LCA
Esses são exemplos de investimentos em renda fixa. Bancos e outras instituições financeiras oferecem estas opções. O CDB (Certificado de Depósito Bancário) é um título emitido por bancos e que tem cobertura do FGC, onde o investidor empresta dinheiro para a instituição financeira e recebe uma remuneração por isso.
As LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e as LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) servem para financiar setores imobiliário e agrícola. A vantagem dessas letras é que elas são isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas, o que pode aumentar o retorno líquido do investimento.
6. Previdência Privada
A previdência privada é uma forma de investimento de longo prazo, voltada principalmente para a aposentadoria. Existem dois tipos de planos: o PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). O PGBL é mais vantajoso para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, pois permite a dedução de até 12% da renda bruta anual. Já o VGBL é para recomendado para quem faz a declaração simplificada.
Apesar de associar com a aposentadoria, pode utilizar a previdência privada como uma forma de diversificação de investimentos, e oferecer boas opções de rentabilidade em alguns planos.
Conclusão
Para quem está começando a investir, em suma, é fundamental entender o seu perfil de investidor, definir objetivos claros e escolher tipos de investimentos para iniciantes que estejam alinhados a esses objetivos e ao seu nível de tolerância ao risco. Além disso, é importante lembrar que todo investimento tem algum nível de risco, e a diversificação é uma das principais estratégias para minimizar esses riscos.
Comece devagar, aprenda com cada experiência e, aos poucos, construa seu patrimônio de forma sólida e consistente. Com disciplina e paciência, é possível alcançar seus objetivos financeiros e garantir um futuro mais seguro.